quarta-feira, 03/07/2024

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Brigadas logísticas e liderança

Renan Favero*

Tente imaginar uma empresa diante de uma demanda inesperada e desafiadora, onde cada segundo conta na busca de resultados, tendo que administrar pressões extremas e riscos nos mais altos níveis, precisando agir rápida e coordenadamente.

Não, não estamos tratando de uma situação cotidiana no seu escritório, mas da realidade de uma brigada de incêndio corporativa em um evento real, um grupo de funcionários-heróis cuja existência é um lembrete de que a prevenção e a prontidão são vitais.

Podemos expandir esse eficiente planejamento para o nível nacional, onde a escala é maior?

A criação de uma agência nacional dedicada a essa tarefa, inspirada no modelo da FEMA nos Estados Unidos, mas ajustada à realidade brasileira, é um passo essencial para fortalecer a capacidade de resposta do país a todo tipo de desastre natural.

A logística desempenha um papel crucial na resposta a emergências, assegurando que os recursos necessários estejam disponíveis onde e quando forem mais necessários. No Brasil, isso implica, por exemplo em:

  • Pessoal preparado: Como brigadistas, equipes pré-qualificadas e sistematicamente treinadas para serem acionadas e demovidas de suas atividades habituais para atendimento de um evento;
  • Estoque Estratégico: Manter um inventário de emergência de itens essenciais, prontos para serem distribuídos rapidamente;
  • Parcerias Estratégicas: Manter relações sólidas com fornecedores para assegurar a disponibilidade e a reposição ágil de recursos, inclusive a aquisição de itens de consumo e serviços (inclusive logísticos);
  • Transporte Integrado: Empregar uma combinação de modais de transporte para superar barreiras geográficas e acelerar a entrega dos recursos certos na hora certa;
  • Sistemas e Protocolos: Implementar tecnologias para monitorar o fluxo de suprimentos e pessoas para assegurar a eficiência e a transparência do processo.

Liderança Integrada para a Gestão de Emergências

Uma agência nacional, operando com eficiência mesmo com recursos limitados, deve incorporar uma liderança forte, técnica e imparcial, capaz de unir os envolvidos e garantir a melhor resposta possível.

Com planejamento, padronização e treinamento, o Brasil pode melhorar sua prontidão, promovendo um desenvolvimento seguro e contínuo, já que planejar e contingenciar é menos honeroso ao erário do que uma resposta descordenada a cada novo evento.

Uma liderança é a chave para a eficácia dessa integração, assegurando que as ações sejam executadas com base em um plano de contingência alheio às diferenças políticas e à diversidade de atores públicos e privados envolvidos neste tipo de evento.

*Renan Favero é executivo de Logística e Inovação, fundador da Valora Advisors, com vasta experiência em gestão de negócios e aplicação de tecnologia a supply chain.

Foto: Divulgação

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